domingo, 4 de janeiro de 2015

Sabe qual o antídoto para os malefícios da carne? Cerveja!



Essa é a notícia pela qual todos os amantes de churrasco e cerveja estavam esperando: os dois podem mesmo formar o casamento perfeito para a saúde! Mas, calma, não é para viver à base desses dois itens, mas uma descoberta concluiu que essa combinação não faz tal mal quanto se pensava.

E tem outra coisa: a cerveja deve ser utilizada para marinar a carne antes de assar. Ou seja, não adianta dar a desculpa da combinação para beber mais cerveja enquanto faz ou come ou churrasco.

Quem não é vegetariano sabe muito bem que a carne preparada como churrasco tem um gostinho especial devido àquele tostadinho conferido pela queima do carvão. Porém, segundo a comunidade médica e científica, esse sabor tem um preço para a saúde, pois o processo cria moléculas chamadas hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), que causam danos ao DNA e, assim, aumentam as chances do consumidor desenvolver cânceres, como o de cólon.

No entanto, esse efeito pode ser combatido com o uso conjunto de cerveja durante a preparação da carne. Segundo artigo divulgado no The Economist, o fato é real e foi publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry por um grupo de pesquisadores, liderados por Isabel Ferreira, da Universidade do Porto, em Portugal.

De acordo com as informações, os especialistas concluíram isso depois de várias análises. Segundo os pesquisadores, as moléculas hidrocarbonetos criadas por grelhar a carne (que são consideradas radicais livres) se formam a partir de gordura e proteína no intenso calor utilizado nesse tipo de culinária.

E uma maneira de bloquear a formação dessas moléculas pode se dar pela adição de substâncias antioxidantes que “limpam” os hidrocarbonetos maléficos. E advinha quem é rica em antioxidantes? Sim, a cerveja é repleta dessas substâncias na forma de melanoidina, que é formada quando a cevada é tostada.
Processo de estudo


A dica é marinar as carnes com cerveja

É claro que, para estudar os efeitos, a pesquisadora Isabel Ferreira e seus colegas tiveram que colocar a mão na massa, ou melhor, na carne, e prepararam alguns tipos de marinadas com algumas cervejas. Uma delas foi feita com um tipo pilsner e outra com cerveja preta (de tipo não declarado).

Como as cervejas pretas têm mais melanoidina do que as claras, os pesquisadores contaram com o fato de que os filés mergulhados na marinada da bebida escura formariam menos hidrocarbonetos do que aqueles preparados com a pilsner (os quais, por sua vez, também formariam menos radicais livres do que a carne sem nenhuma cerveja).

Dessa forma, todas essas hipóteses foram realmente confirmadas. Quando assadas, as carnes que não foram marinadas tiveram uma média de 21 nanogramas de hidrocarbonetos por grama. Já aquelas marinadas na cerveja pilsner tiveram 18 nanogramas por grama e os filés da cerveja preta tiveram em média apenas 10 nanogramas. Então, na próxima vez que for preparar um tempero especial para o “churras”, que tal adicionar um pouco de cerveja escura?
FONTE(S)

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