terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Pará suspende larvicida contra Aedes aegypti


Pará suspende larvicida contra Aedes aegypti Apesar da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) ter esclarecido que a suposta relação entre o larvicida pyriproxifen e a microcefalia não passa de um "mal entendido", o estado do Pará e o Rio Grande do Sul optaram por interromper o uso do químico na água potável. O governo do Pará informou que "o produto foi suspenso até segunda ordem". Já o Rio Grande do Sul afirmou que a medida foi tomada "por precaução". As informações são do Estadão. O pyriproxifen tem a capacidade de parar o desenvolvimento do mosquitoAedes aegypti, impedindo que ele chegue à fase adulta e se torne um transmissor de doenças como a dengue, a chikungunya e a zika. Tem sido recomendado desde 2014 pelo Ministério da Saúde "em situações especiais", ou seja, locais em que há necessidade de armazenamento de água sem a possibilidade de proteção física. Um grupo de médicos e professores argentinos contrários ao uso de agrotóxicos citou erroneamente uma nota técnica da Abrasco, sugerindo que a substância poderia estar associada à alta de casos de microcefalia - já são mais de 3,8 mil sob investigação no País, segundo boletim epidemiológico mais recente. A entidade brasileira rebateu a informação, dizendo-se mal interpretada. Em um comunicado, a Abrasco explicou que em nenhum momento estabeleceu uma relação de causalidade entre microcefalia e o uso desses venenos, mas indicou (...) que não há evidências de que esse programa esteja resolvendo o problema da infestação do mosquito e da incidência das doenças a ele relacionadas. "Além disso, gasta os parcos recursos da saúde pública de forma descabida, ao mesmo tempo em que expõe as pessoas a situações de risco por exposição a substâncias químicas ainda não devidamente estudadas", afirmou o comunicado. O Ministério da Saúde garante que o pyriproxifen é seguro, destacando que somente utiliza larvicidas recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que os produtos passam por um "rigoroso processo de avaliação", sendo certificados também pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A OMS esclareceu que o químico não tem ações carcinogênicas ou tóxicas a humanos. O ministério adquire o produto e o repassa aos Estados, mas salienta que os governos têm autonomia para, caso queiram, desenvolver estratégias alternativas de combate ao mosquito. O governo do Pará não deu detalhes sobre a suspensão do uso do produto. (DOL)
http://blogbelem.blogspot.com.br/2016/02/para-suspende-larvicida-contra-aedes.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Minha lista de blogs