quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Blocos misteriosos estão aparecendo em praias da Europa




Blocos misteriosos estão aparecendo em praias da Europa, Em meados de 2012, a britânica Tracey Williams estava passeando com seu cachorro em uma praia da Cornualha (Inglaterra) quando avistou uma placa negra na areia. Feita de algo que parecia borracha, a placa tinha inscrita a palavra “Tjipetir”.

Williams ficou ainda mais intrigada ao encontrar, semanas depois, uma placa semelhante em outra praia e decidiu pesquisar a origem dos misteriosos objetos. E suas descobertas envolvem relatos sobre naufrágios, uma tragédia que remete à 1ª Guerra Mundial e o Titanic.

E ela soube também que as mesmas placas estavam surgindo em praias do norte da Europa, surpreendendo moradores e gerando especulações na imprensa.

Agora, Williams acredita ter entendido a origem do mistério – e as autoridades britânicas também.

A palavra Tjipetir, na verdade, se refere a uma plantação de borracha em Java Ocidental, Indonésia, que esteve ativa no final do século 19 e início do 20.

Seus blocos não eram feitos exatamente de borracha – provavelmente são feitos de gutta-percha, que é a goma de uma árvore encontrada na Malásia e que, no passado, era usada para isolar cabos telegráficos no leito marítimo.
Imagem: G1Imagem aparentemente mostra blocos de Tjipetir na Indonésia entre os séculos 19 e 20

Antes de o plástico moderno ganhar o mercado, a gutta-percha era usada para fabricar itens como bolas de golfe, partes de ursos de pelúcia e bijuterias.

Levantou-se a ideia de que as placas teriam saído dos destroços do Titanic.

“Um jornal francês cobriu a história e afirmou que o Titanic levava gutta-percha”, diz Williams. “Verifiquei o manifesto do navio e descobri que de fato ele levava gutta-percha e borracha. Houve muita especulação quanto a isso.”

Mas, em meados de 2013, Williams deu um passo importante na apuração: foi contactada em duas ocasiões diferentes por duas pessoas (que quiseram permanecer anônimas), que afirmaram que a gutta-percha vinha de um navio japonês, o Miyazaki Maru, que naufragou durante a 1ª Guerra, carregando blocos Tjipetir.

Acredita-se que as placas tenham vindo à superfície depois que uma empresa escavou o fundo do mar em um esforço para recuperar a carga do navio naufragado.

Autoridades britânicas também acham que a hipótese mais provável é de que as placas vieram do Miyazaki Maru.

“Quando somos informados sobre destroços (marítimos), conduzimos pesquisas para identificar o dono”, diz Alison Kentuck, responsável pela administração de destroços descobertos em águas britânicas. “E esses itens em particular (a gutta-percha) sinalizam para esse naufrágio. Então, ainda que isso não esteja confirmado, o Miyazaki Maru é nossa hipótese mais forte como origem das placas.”

O Miyazaki Maru foi afundado pelo submarino alemão U-88, comandado pelo capitão Walther Schwieger.

“(As placas) ainda estão em bom estado após tantos anos, o que é incomum. Provavelmente (ainda) serão encontrados daqui a cem anos.”

“Muitos navios carregaram gutta-percha, então é possível que a carga tenha mais de uma origem”, diz Williams, que está escrevendo um livro sobre o mistério de Tjipetir. “(As placas) estão sendo vistas como poluição – e eu limpo sujeira o tempo todo nas praias que frequento -, mas a gutta-percha é um produto natural, então ele se desintegra. Já vi alguns blocos desintegrados na praia.”

Ela especula se outras empresas estarão fazendo resgates de cargas da 1ª Guerra. “Será possível que algumas placas seriam do Titanic? Não sei.”

Fonte: G1




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