quinta-feira, 19 de junho de 2014

Colisão com a Terra: cometas são mais ou menos perigosos do que os asteróides?



19/06/14 - Descubra e entenda quais objetos causam o maior dano e são os mais perigosos para a Terra


Quando se fala sobre "extinção em massa" logo pensamos em colisões de asteróides com a Terra. Mas o que de verdade é mais perigoso pra Terra, um asteróide ou um cometa? Qual teria um poder mais destrutivo caso colidisse com o nosso planeta? Especialistas afirmam: um impacto de um cometa poderia ser muito mais devastador do que uma colisão com um asteróide.

Os Asteróides Próximos da Terra ( Near-Earth Asteroids ou NEA em inglês) têm órbitas semelhantes à da Terra, e suas colisões com a Terra tendem a acontecerem com golpes por trás ou de lado. Já os cometas viajam ao redor do Sol em caminhos mais aleatórios, e por isso têm uma chance muito maior de um impacto de frente com o nosso planeta, trazendo resultados potencialmente mais catastróficos do que o de um asteróide, dizem os pesquisadores.


Sobre os cometas
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"Seria uma explosão muito maior, uma cratera muito maior e muito mais danos", diz Mark Boslough, especialista de impactos do Laboratório Sandia National, EUA.




Outro fator é que no momento do impacto, os cometas podem viajar até três vezes mais rápidos do que os asteróides em relação à Terra, acrescenta Mark. A energia liberada por uma colisão cósmica aumenta com o quadrado da velocidade do objeto de entrada, de modo que um cometa poderia gerar um poder nove vezes mais destrutivo do que um asteróide da mesma massa.

A velocidade dos cometas também significa que uma colisão perigosa com a Terra só seria detectada quando o cometa já estivesse de frente com o nosso planeta. É muito mais difícil detectar um cometa se aproximando da Terra do que detectar um asteróide próximo.

"Eles vêm muito rápido", comenta Bill Ailor, principal engenheiro do Centro de Estudos de Reentrada de Fragmentos Orbitais da Aerospace Corporation. "Em alguns casos, as pessoas acreditam que podemos ter um aviso a cerca de dois anos antes de um impacto, e isso no melhor dos casos".



Ilustração artística do asteróide que colidiu com a Terra há 65 milhões de anos, teoria mais aceita para a extinção Cretáceo-Paleogeno, que teria extinguido os dinossauros. Créditos: Mark Garlick

Dois anos podem parecer muito, mas os cientistas e engenheiros preferem e precisam de ainda mais tempo para tentar colocar a Terra fora da rota de colisão.

Como exemplo, uma das estratégias mais promissoras de desvio de objetos perigosos seria o lançamento de uma sonda robótica que se encontraria com o objeto m questão, e permaneceria ao lado dele, puxando-o para fora do curso por meio de uma leve, mas persistente força gravitacional. Este método de "trator de gravidade", obviamente não funcionaria do dia pra noite.

Para deixar tudo ainda mais "emocionante" (pra não dizer perigoso), temos a imprevisibilidade das órbitas dos cometas. Essas gigantescas bolas de gelo jorram gás quando se aproximam do Sol, e esses jatos de gases agem como pequenos propulsores, tornando ainda mais difícil preverexatamente onde um cometa vai passar ou qual caminho irá seguir.

Apesar de os cometas serem muito mais catastróficos no caso de uma colisão, os asteróidesainda são vistos como ameaça principal de um impacto com a Terra, disse Mark e Bill. E a razão é simples: os números.

"Estou mais preocupado com asteróides do que com cometas, porque há muitos mais asteróides", disse Mark. "A probabilidade do impacto de um asteróide é provavelmente 100 vezes aprobabilidade do impacto de um cometa do mesmo tamanho".

Há provavelmente trilhões de cometas lá fora, mas a grande maioria deles residem na parte exterior extrema do Sistema Solar, como uma bolha coberta por enormes pedras de gelo, e essa região é conhecida como Nuvem de Oort. O espaço próximo da Terra, por sua vez, é dominado por asteróides. Os cientistas acreditam que existem milhões de Asteróides Próximos da Terra, mas apenas cerca de 11.000 foram descobertos e monitorados até o momento.

Fonte: Space
Imagem: Mark Garlick

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