segunda-feira, 28 de abril de 2014

Marte: Cometa pode colidir com o planeta vermelho




Em 19 de outubro de 2014 um grande cometa (com cerca de 50 quilômetros de diâmetro), o Cometa Siding Spring C/2013 A1, poderá colidir com o planeta vermelho.



Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com

Em vista de numerosas informações sobre as ameaças provenientes do espaço cósmico – passagem de um asteroide nas proximidades da Terra em março, a queda de meteoritos, aproximação de cometas – é pouco provável que uma notícia do mesmo gênero sobre outro planeta provoque preocupação do público, mas deveria.

Fonte: http://portuguese.ruvr.ru


Pois neste caso não se trata da Terra, mas de Marte: em 19 de outubro deste ano de 2014 um grande cometa pode colidir com o planeta vermelho. A fulguração do golpe será muito bem vista da Terra desde que a colisão se dê no lado de Marte que está voltado para a Terra. Neste caso o Planeta Vermelho vai ficar com uma grande cicatriz – uma cratera de uns 500 quilômetros de diâmetro.


Na segunda-feira, dia 04 de março de 2013, o JPL (Jet Propultion Laboratory) da NASA reduziu ainda mais a distância nominal de aproximação do cometa Siding Spring C/2013 A1 de Marte.
Até então, o JPL calculava em 104 mil km a distância. Agora esse valor passou a ser de 52 mil km, ficando muito mais próximo com os cálculos feitos pelo astrônomo amador Leonid Elenin, que calculou em cerca de 37 mil km a distância do valor da aproximação.

O Cometa C/2013 A1 Siding Spring foi descoberto em 3 de janeiro de 2013 por pesquisadores de um observatório astronômico australiano . A seguir, os norte americanos conseguiram encontrá-lo em fotografias mais antigas, o que permitiu calcular com mais precisão a sua órbita. Soube-se que o trajeto do cometa cruzaria com a órbita de Marte.



Com base na sua luminosidade foi calculado que o seu diâmetro deve superar várias vezes o diâmetro dos outros cometas – o seu tamanho seria de cerca de a 50 quilômetros de diâmetro – e a colisão, caso se realize, será grandiosa e apocalíptica em Marte.

Os astrônomos assistiram a um fenômeno semelhante há vinte anos atrás, em 1994, quando o Cometa Shoemaker-Levy se espatifou explodindo ao cair na superfície do Júpiter. No momento da sua aproximação a gravitação forte deste planeta dilacerou o cometa e o quebrou em vários pedaços e a entrada de cada um deles na atmosfera provocava uma fulguração e forte explosão. O momento do evento foi calculado de antemão, com precisão de segundos.


Uma representação artística do cometa em rota de colisão com Júpiter.

Embora que no momento da colisão nada pudesse ser visto da Terra, pois apenas o lado oposto de Júpiter estava visível, todo o espetáculo foi gravado pela sonda Galileo da NASA que observava o planeta do lado oposto ao visível aqui da Terra e onde caíram os pedaços do cometa.

Algumas horas depois o lado “ferido” do planeta Júpiter se virou para a Terra e todos viram gigantescas cicatrizes como manchas de cor vermelho-escura, na superfície jupiteriana que existiram durante várias semanas. Isto surpreendeu os cientistas pois se sabia que em Júpiter não existe uma superfície firme, pois o planeta é gasoso e não rochoso como a Terra.

A queda de um grande corpo sobre o planeta Marte também seria muito interessante para a ciência estudar, – afirma o chefe de um dos departamentos do instituto de astronomia da Academia de Ciências Russa Dmitri Vibe.


A colisão do cometa Shoemaker-Levy em Júpiter em 1994 gerou uma série de explosões e deixou imensas cicatrizes no planeta gigante.

“A colisão permitira lançar luz sobre o enigma dos meteoritos marcianos. Pois, na Terra são encontrados meteoritos que quanto aos seus parâmetros fazem lembrar a substância marciana. Não se compreende, como esta substância podia sair voando da superfície de Marte.

Se a colisão acontecer, poderemos assistir a este processo em ação. No plano de problemas de perigo, representado por asteroides e cometas, seria interessante ver como se realizam semelhantes fenômenos num corpo planetário, cuja massa difere pouco da massa da Terra”.

Oleg Malkov, chefe de um dos departamentos do Instituto de Astronomia junto da Academia de Ciências Russa, chamou a atenção para o fato de que nos principais portais astronômicos, como, por exemplo, space.com não se fala nada sobre a futura colisão do cometa com Marte.



“Os portais sérios não se dedicam a estas questões. Desconfio que se trata de uma histeria antecipada, organizada não por círculos científicos, mas, sim, por pseudocientíficos”.

Com efeito, os cálculos aproximados dos astrônomos revelam que o cometa vai passar a 109 mil quilômetros do centro de Marte e que a probabilidade da colisão é uma por 1060. Será que teremos a oportunidade de assistir a um “show” bonito nos céus em outubro?



É difícil de crer nisso. Mas está fora de dúvida que os portais de internet, que tinham publicado esta informação, irão ganhar bom dinheiro com os cliques e likes de propaganda.

{Adendo: Caso o Cometa C/2013 A1 Siding Spring não caia na superfície de Marte no dia 19 de outubro deste ano, ele fatalmente sofrerá a influência do campo gravitacional do planeta vermelho, e neste caso e MUITÍSSIMO MAIS IMPORTANTE, a sua trajetória poderá ser modificada, sendo o seu novo RUMO UMA INCÓGNITA. Este ponto é o que realmente preocupa a NASA e demais agências espaciais do planeta, pois existe uma possibilidade deste cometa se dirigir para passar MUITO PRÓXIMO DA TERRA NO COMEÇO DE 2015 !!}

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